sábado, 2 de julho de 2016

O IMPÉRIO DA ALEGRIA






Imagem da Internet



Avelina Maria Noronha de Almeida
avelinaconselheirolafaiete@gmail.com

Outro dia ouvi, ao longe, um som de bateria. Foi aos poucos se aproximando e, quando ficou bem perto, aproximei-me da janela para ver o que estava passando. Era um bloco. Mas que beleza! Bastante gente dançando animada, fantasias interessantes, muito coloridas, bateria excelente, um visual maravilhoso! E o mais importante, a gente podia sentir a alegria e o entusiasmo dos foliões.
À noite, vi os noticiários da TV. São Paulo estava efervescente, com milhares de foliões, um número enorme de blocos, muito colorido, muitas fantasias, um espetáculo! E também milhares de pessoas no Rio de Janeiro, naquela euforia bonita, um mar de alegria.

Fiquei pensando: o povo brasileiro está sofrendo muito com a crise, mas que força tem a nossa raça para passar por cima do sofrimento e desabrochar a flor de sua alma nas avenidas e ruas, numa explosão de vitalidade. Esses eventos que presenciei pessoalmente e na mídia são como a luz no fundo do túnel, a graça maior da esperança de as coisas melhorarem. Com tal característica de personalidade coletiva, este valioso povo brasileiro vai saber reverter o processo deletério do País, tenho certeza!

Como pensamento puxa pensamento, passei para outras paisagens, como as do Facebook e do WhatsApp, aplicativos de comunicação que a cada dia se expandem mais. Têm certamente seus pontos negativos, supervalorizando o virtual, afetando o convívio pessoal e afetivo, principalmente porque as pessoas não estabelecem limites para seu uso, usufruindo suas vantagens às vezes de modo desordenado e até irracional. Além disso, há o compartilhamento de conteúdos impróprios e nocivos. Não se pode negar que há riscos.

Mas no assunto do qual estou tratando, essa ferramenta virtual tem ajudado, principalmente em certos grupos, a facilitar as conversas, trocar informações e, num certo ponto, dinamizar as relações afetivas e trazer alegria. Por exemplo: nos grupos familiares aparecem vários “Bom dia!” pela manhã, “Boa noite!” ao declinar o dia. Desejam felicidades nos aniversários. De um modo geral, são colocados textos de grande beleza, de ajuda espiritual ou psicológica, piadas algumas vezes muito boas, que despertam o riso benéfico para o corpo e para a alma. Conheço pessoas que viviam afundadas na depressão e estão bem diferentes depois do WhatsApp. Ontem vi uma mensagem assim: “Este grupo é uma bênção em nossas vidas!” Outra em seguida: “Obrigada, pois sou um membro do grupo”. E uma terceira: “Conheci pessoas que nem imaginava serem da família. Muito bom!!!”

Um vídeo muito interessante que está circulando fala das pessoas que andam muito mal-humoradas ultimamente e mostra como a risada pode contagiar. Numa condução em que todos estão sérios, talvez preocupados com a vida, alguém começa a rir, pouco a pouco todos estão rindo, e quem assiste acaba rindo também, sem ninguém saber de quê, como aconteceu comigo, jogando-me num relax ma-ra-vi-lho-so! A facilidade de enfrentar a vida sempre rindo, fazendo piadas e charges é que fortalece o brasileiro na superação dos problemas, com muita esperança na luta para a tempestade passar. A alegria é uma solução? Não, mas ajuda na busca da solução. É um estado de espírito que ilumina os caminhos para a vitória.

Há um provérbio latino que diz assim:
Rideo, ergo sum. (Rio, logo existo. Rio, logo estou vivo)

Publicado em princípio de fevereiro de 2o16.


Nenhum comentário:

Postar um comentário