Herón Domingues
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TERMINOU A GUERRA!!! TERMINOU A
GUERRA!!!
Avelina Maria Noronha de Almeida
avelinaconselheirolafaiete@gmail.com
Nunca esquecerei um dos
momentos mais belos e emocionantes que vivi, no dia 8 de maio de 1945. Como poderia esquecer? O Repórter Esso, na
voz forte e emocionada de Herón Domingues, proclamava pelo rádio: “TERMINOU A
GUERRA!!! TERMINOU A GERRA!!!” Só de lembrar meus olhos se enchem d’água de
emoção.
Daí a pouco, foi aquele
espetáculo belíssimo! As ruas se encheram de gente, as pessoas sorrindo, felizes,
abraçando-se efusivamente. As máquinas da Central do Brasil apitavam, os carros
buzinavam, os sinos das igrejas repicavam festivamente, foguetes pipocavam no
ar, as sirenes dos cinemas, que havia muito tempo estavam caladas pois esse som
era reservado para a emergência de aviões inimigos se aproximarem, abriam sua
voz. Eu ainda era menina e, em minha longa vida, nunca presenciei algo tão
emocionante.
Essa data de 8 DE MAIO,
felizmente, em nossa cidade, não é esquecida. No aniversário desse maravilhoso
evento, sempre há comemorações, como acontece em outros anos, e manifestações
de homenagem aos nossos heróis, ex-combatentes de Conselheiro Lafaiete.
Uma das mais bonitas
homenagens é realizada, há quatro anos, pela Escola Municipal “Napoleão Reis”,
unida ao Tiro de Guerra local, quando, por meio de um esforço conjunto e
multidisciplinar, estudantes, diretores, professores e militares reforçam a
cidadania cultural e histórica de nossa querida cidade, ajudando a preservar a memória de um processo
histórico tão importante para a história do Município, do País e do Mundo.
É pena que, para se
conseguir a Paz, seja necessário guerrear, porém há conjunturas em que não se
pode fugir a esse triste recurso. Nosso País, nossos conterrâneos souberam
atender com brio à chamada para defender a liberdade dos povos e, com a graça
de Deus, foram vitoriosos. Sãos as contingências da vida que muitas vezes, como
no caso da Segunda Guerra Mundial, fazem tornar realidade a locução latina
escrita, provavelmente do ano 390 a.C., pelo autor romano Públio Flávio Vegécio
Renato, em seu livro “Epitoma rei Militaris”, que diz:
Igitur qui sesiderat pacem, praeparet
bellum. (Assim quem deseje a paz, que prepare a guerra)
(Publicado no "Correio da Cidade"