sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

EDUCAÇÃO, LUZ E CAMINHO PARA O MUNDO







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EDUCAÇÃO, LUZ E CAMINHO PARA O MUNDO

Avelina Maria Noronha de Almeida
avelinanoronhalmeida@gmail.com



Num estudo científico divulgado recentemente na revista científica The Lancet sobre as causas mais presentes na morte prematura ou na incapacidade da população mundial em 2010, as desordens psiquiátricas são apontadas como o maior problema na saúde global. Essa estatística coloca, como primeira causa dessas desordens, a depressão (40,5%) e a segunda causa, transtornos de ansiedade. Só depois transtornos derivados do uso das drogas (10,9%) e do álcool (9,6 %) e outros que apresentam porcentagem menor. E que problemas são esses senão dificuldades da vida, incapacidade de enfrentar com sucesso os sofrimentos que vão surgindo e dilapidando a alma? São a via crucis de pessoas que não estão preparadas para a vida.

Seria muito importante se, desde pequena idade, o ser humano se preparasse para o futuro de adulto. Com a complexidade dos tempos de hoje, as sobrecargas de trabalho dos pais, as crises familiares e muitos outros fatores dificultam esse preparo.

Uma solução importante seria que a escola preparasse para a vida, por ser uma entidade sistematizada e, se bem estruturada pelos currículos escolares, poderia oferecer significativa ajuda. Mas os currículos pecam por privilegiar o materialismo em detrimento do humanismo.

Mesmo com deficiências curriculares, têm surgido muitas experiência sobre “educar para a vida” ou escolas que procuram desenvolver essa filosofia. Mas são arquipélagos num mar extenso.

A História nos traz muitos iluminados pedagogos com suas teorias, como o alemão Rudolf Steiner, que em 1919, na Alemanha, almejava que as aulas fossem um preparo para a vida colocando os alunos diante de problemas reais. Ou o norte-americano John Dewey, dizendo que não havia separação entre a educação e a vida por isso a primeira devia preparar para a primeira.

Vi, num artigo pedagógico, o seguinte questionamento: “Educar para o Mercado ou educar para a Vida? Afinal, qual o papel da escola no século 21?”, e dizia mais adiante que a escola devia representar a vida. É bem verdade que o Mercado também faz parte da vida, mas nunca pode ser superior a ela, subjugá-la.

Indo mais longe, vamos a um trecho que me encanta da Ciropédia (A Educação de Ciro), livro em que o grego Xenofonte, em 360 a.C., fala sobre a educação persa: “Os meninos, freqüentando a escola, passam o tempo aprendendo a justiça; e dizem que vão à busca de aprender isso, do mesmo modo que, entre nós, os meninos dizem que vão à busca de aprender as letras.

Platão previu a decadência grega quando disse que Atenas, representante máximo do esplendor grego, foi perdendo seu valor quando “a encheram de portos e docas, de muros e de tributos, em vez de a encherem de retidão e esperança”. Estamos enfrentando uma situação também inquietante.

Tenho esperança que a Humanidade sofrida encontre, na Educação, Lumen ad Viam. (Luz para o seu Caminho)