sábado, 2 de julho de 2016

CAROS LEITORES: ESTOU PASMA!







Imagem da Internet



CAROS LEITORES: ESTOU PASMA!

Avelina Maria Noronha de Almeida
avelinaconselheirolafaiete@gmail.com


Caros leitores: estou pasma! Horrorizada mesmo! Até que ponto chegamos!

Uma das datas importante que temos no mês de abril é, no dia 22, o aniversário do descobrimento do Brasil. Fiz uma pesquisa na Internet em jornais procurando uma notícia, apenas uma, de uma comemoração da data. Achei, nas imagens do dia, notícias de coluna de fogo e fumaça se erguendo no local de um incêndio num centro de armazenamento de produtos químicos na província de Jiangsu no leste da China; de que a saída de dólares no Brasil supera a entrada em US$ 5997 bi no ano até dia 22 de abril, da comemoração do Dia da Terra (mas não é de nossa terra, o Brasil); que a lua do dia 22 de abril deu um show no céu; e daí por diante uma série de notícias...

Mas nenhuma se referindo ao descobrimento do Brasil, ao aniversário de nossa Pátria, ao dia em que ela nasceu. Não é frequente festejar-se o aniversário de parentes ou amigos? Será que os brasileiros não consideram o Brasil um parente ou um amigo, mas sim um ser estranho do qual estamos desligados?

Se esta indiferença fosse apenas num ou noutro lugar, porém parece geral num País tão grande!!!... Por essa situação pela qual passamos, de terrível crise, como podemos nos admirar da falta de cidadania que varre o nosso solo? Será que não amamos o Brasil? Essa indiferença sentimental começou há muitas décadas e a cada década vai se acentuando mais.

Entretanto, não vamos perder as esperanças. Vamos é ver o que podemos fazer pelo Brasil. Quanto ao aniversário dele já estou planejando a minha parte para o ano que vem.

No início de nossa História Pátria há um episódio muito bonito. O rei Dom Manuel mandou celebrar uma solene Missa no Mosteiro dos Jerônimos, em Lisboa, após a qual fez benzer uma bandeira com as armas do Reino, entregando-a nas mãos de Pedro Álvares Cabral, comandante da expedição com destino às Índias. Um pomposo séquito acompanhou o navegante até o cais. Antes de subir à nau capitânia, Cabral beijou reverentemente a mão de El-Rei e subiu no tombadilho. Imediatamente se dirigiu à imagem de Nossa Senhora da Esperança que pouco antes lhe entregara El-Rei como padroeira da expedição. Beijou os pés da imagem implorando proteção e êxito na viagem.

O resto já se sabe. Os ventos trouxeram as treze caravelas, com um contingente de 1.500 homens, à Terra de Santa Cruz. E quando Cabral desceu em nosso solo trazia nos braços a imagem de Nossa Senhora da Esperança que lhe dera El-Rei de Portugal. A mesma imagem que, no dia 26 de maio daquele ano de 1.500, um domingo, na Missa celebrada na praia da Coroa Vermelha, litoral sul da Bahia, por Frei Henrique de Coimbra, estava colocada no altar da celebração.

Que Nossa Senhora da Esperança, presente desde os primeiros momentos na vida do Brasil, desperte novas forças em nosso povo trazendo a esperança de que, se cada um fizer bem a sua parte, a nossa Pátria poderá ver melhores dias. Ajudai-nos a realizar este desejo, Virgem Maria...
...dulcedo et spes nostra!(doçura e esperança nossa!)

Publicado no "Correio da Cidade" em abril de 2016.


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