domingo, 3 de julho de 2016

SABEDORIA E PAZ






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SABEDORIA E PAZ

Avelina Maria Noronha de Almeida
avelinaconselheirolafaiete@gmail.com


Como acontece anualmente tivemos, há dias houve a comunicação dos nomes a quem foi concedido o Prêmio Nobel, criado para contemplar cientistas, pesquisadores, escritores e filantropos de todo o Mundo que contribuem para o Bem da Humanidade.

Aproveito para fazer uma observação: está muito difundida uma pronúncia errada da palavra Nobel, usando-a como paroxítona. Mas acontece que ela é uma palavra oxítona, assim a sílaba tônica é a última: bel, como em papel e pincel. Não custa pronunciá-la corretamente.

Esse prêmio é concedido a pessoas que tiveram destaque em diversas áreas e ostenta o nome de seu criador, um químico e inventor sueco chamado Alfred Bernhard Nobel.

A criação dessa láurea tem uma história marcante. O cientista Alfred já vinha desgostoso quando viu que sua invenção, a dinamite, e outros explosivos que havia criado estavam sendo usados militarmente. Mais ainda aumentou sua angústia quando um jornal francês noticiou, por engano, um obituário de sua morte. Na verdade, quem havia morrido era seu irmão Ludvig, vitimado por um dos experimentos com nitroglicerina na fábrica de explosivos da família. O título do noticiário era: “O mercador da morte está morto”, aludindo a ele, Alfred.

Horrorizou-se com a qualificação recebida em seu obituário antecipado, não querendo que esse fosse apenas o seu legado para a Humanidade, uma tarja marcando a lembrança de sua passagem pela vida. A partir daí, quis transformar a sua imagem planejando a criação de uma associação humanitária perpétua que premiasse benfeitores da Humanidade, para, com isso, reverter os danos provocados por sua invenção.

Nobel faleceu no dia 10 de dezembro de 1896, deixando toda a sua fortuna para a fundação do Prêmio Nobel, sendo as premiações entregues em cerimônias especiais no aniversário de sua morte.

Ele, o inventor da dinamite, tão usada nas guerras, estabeleceu entre os prêmios um que homenageasse a busca da paz. Está em seu testamento, em relação a essa categoria, que fosse esse prêmio entregue “para a pessoa que fez o melhor trabalho em prol da fraternidade entre as nações, em prol da abolição ou redução dos exércitos permanentes e em prol da realização de congressos de paz”.

A fragilidade humana é uma realidade a que todos nós estamos sujeitos. Há os que não sabem lidar com as conseqüências de suas ações, bem intencionadas ou não.
O cientista Alfred soube conduzir, com sabedoria, seu sofrimento, transformando uma situação conturbada em uma atitude de grande sabedoria.

Duas palavras que dizem o que é preciso urgentemente no mundo de hoje:
“Pace et Sapere”. ( Paz e Sabedoria)



Publicado no "Correio da Cidade" em princípio de outubro de 2015.<

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