segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
FRAGILIDADE DOS IMPÉRIOS
Imagem da Internet
FRAGILIDADE DOS IMPÉRIOS
Avelina Maria Noronha de Almeida
As notícias veiculadas constantemente pela mídia me levaram a pensar sobre a história dos impérios.
No Século XIX, o inglês Cecil Rhodes dizia que seu país só resolveria os problemas daquela época com a expansão territorial. À noite, ele olhava as estrelas luzindo no firmamento e lamentava que elas estivessem fora do seu alcance. Dizia: “Se eu pudesse, anexava os planetas”.
O sentido clássico da palavra “império” é de um vasto território, de uma nação que domina outra ou outras, quase sempre por expansionismo militar.
O caminho da Humanidade apresenta, desde os primeiros tempos do “homo sapiens”, vários impérios que surgiram no horizonte, tiveram seu zênite e, finalmente, foram se enfraquecendo como o sol que mergulha nas sombras na noite.
Nos tempos passados, os mais famosos foram o Império Persa, por volta de 500 a.C., cujo território se estendia pela Ásia, África e Europa. O império do Japão, que se espalhava pela China e pelo Sudeste Asiático. O Império Romano, em seu auge, cerca de 117 d.C., ocupou uma boa parte do Mapa Mundi. O Otomano dominava 6,3 milhões de quilômetros quadrados e o Macedônio, de Alexandre, o Grande, 5,4 milhões. Todos eles, “colossos com pés de barro”, tiveram seu fastígio, depois entraram em decadência.
Com o decorrer dos tempos, outros surgiram, mas também perderam a hegemonia, devido, geralmente, a seus pecados históricos
No século XX, vários países se envolveram em guerras imperialistas, com milhões e milhões de mortos e terríveis destruições e ruíram impérios que tinham sido poderosos, pois ventos de revolta sopraram em vários lugares derrubando o jugo do colonianismo.
Emergiu o neo-imperialismo, ampliando o significado do termo. Assim temos também o Império Nuclear, o Império de Hollywood, o Império da Coca-Cola... O Império Cibernético já estendeu suas redes pelo mundo inteiro. O Império do Medo nos faz levantar muros, colocar grades. O Imperialismo Capitalista, que estremece com as crises econômicas afetando países considerados, até então, poderosos, não consegue mais ocultar sua fragilidade.
É isto. Os impérios têm o destino de serem efêmeros...
Dizem que um general romano amarrou em seu carro um chefe bárbaro, prisioneiro de guerra, levando-o para desfilar caminhando diante da multidão. O bárbaro ia de cabeça baixa, como se examinasse as rodas do carro a que estava atrelado. O romano então lhe disse:
“– Levanta a cabeça para ver a minha vitória!”
E o bárbaro lhe respondeu:
“ – Estou vendo algo mais interessante: os raios da roda do teu carro.”
“– O que há com eles?”
E veio a exemplar resposta:
“– Eles sobem e descem. Os que estão no alto descem e se misturam com o pó da terra e assim vão, girando... girando... girando...”
Cum fovet fortuna, cave nanque rota rotunda. (Quando a fortuna te for favorável, toma cuidado porque a roda gira)
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