sábado, 18 de janeiro de 2014

SEMENTES DE VERDADE









Imagem da Internet



SEMENTES DE VERDADE

Avelina Maria Noronha de Almeida



"A Igreja Católica é consciente da importância da amizade e do respeito entre os homens e mulheres das diferentes tradições religiosas".

Essa declaração foi feita pelo Papa Francisco aos líderes religiosos, pregando a coexistência pacífica entre as religiões, num encontro na sala Clementina do palácio apostólico. Entre esses líderes, estava o patriarca ortodoxo grego Bartolomeu I. Também havia representantes das Igrejas protestantes ocidentais, das comunidades judaica, muçulmana, budista, jain e skin.

E disse mais frases significativas, como a que se segue:

"Temos de estar próximos aos homens e às mulheres que, mesmo que não se reconheçam em nenhuma tradição religiosa, estão à procura da verdade, bondade e a beleza de Deus".

Belas palavras! Profunda sabedoria! Fiquei realmente impressionada e esperançosa de estarmos realmente inaugurando novos e melhores tempos.

Sou católica apostólica romana praticante, mas tenho um forte espírito ecumênico. Tudo começou em mim, nesse sentido, nos primeiros anos da década de cinquenta do século passado, nas aulas de Religião, no Colégio Nazaré, graças ao professor Padre Álvaro Correia Borges, na época Capelão do colégio, admirável conhecedor da Fé Cristã, filósofo e ser humano. Muito inteligente, espirituoso, informal, modesto, despojado totalmente de vaidades, mesmo assim, não sei o porquê, passava-me uma impressão daqueles nobres e cultos varões da Roma Antiga. Durante o tempo que residiu em Conselheiro Lafaiete, conquistou um grande número de amizades.

Devido aos ensinamentos do ilustre sacerdote, quando o Concílio Vaticano II, inaugurado por João XVIII em 11 de outubro de 1962, trouxe o movimento de unidade com os princípios ecumênicos, eu já convivia intimamente com eles. Décadas depois, João Paulo II, falando aos mulçumanos em uma de suas viagens, pronunciou a luminosa frase: “Deus pôs sementes de verdade em todas as religiões”.

Pelo visto, o Papa Francisco está continuando a caminhada evolutiva em busca de tempos em que se estreitem os laços religiosos e impere a força da Fé.

Espero que, realmente, um novo tempo tenha se iniciado (quando muros de incompreensão e de desentendimentos serão destruídos e se construirão pontes unindo esforços para mais fraternidade no mundo) naquele momento em que o Cardeal Protodiácono (o primeiro dos diáconos), o francês Jean-Louis Tauran, proclamou, na varanda do Vaticano:

“Annuntio vobis gaudium: habemus Papam!” (Anuncio uma grande alegria: temos um Papa!)



Nenhum comentário:

Postar um comentário