sábado, 18 de janeiro de 2014

DIA DO LIXEIRO








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DIA DO LIXEIRO

Avelina Maria Noronha de Almeida

avelinaconselheirolafaiete@gmail.com




Gosto muito de olhar Datas Comemorativas porque às vezes chamam a atenção sobre algum tema que merece destaque e, conforme, focalizá-lo. Dia 21 deste mês é Dia do Lixeiro, esse maravilhoso profissional que tanto contribui para manter a cidade limpa e, com isso, promove a saúde da comunidade, a higiene das casas e o bom aspecto das ruas.

Parabéns Lixeiros!

E uma coisa muito importante: todos nós devemos exercer, mesmo que de maneira informal, a nobre profissão de lixeiros. O lixeiro mais antigo que conheci foi na década de 40 do século passado e com ele aprendi a profissão. Não sei se na época havia coleta de lixo na cidade; pelo menos não me lembro de ver nada semelhante. Os lixos domiciliares eram colocados nas fossas, grandes, profundas e perigosas cavidades que havia atrás das casas. Eu, criança, morria de medo de cair na existente em minha casa. Papéis eram queimados na horta. E a sujeira das ruas jogadas em terrenos baldios ou desocupados.

Eu morava numa rua de canto, muito larga, com subida, muito esburacada pela ação das enxurradas. De manhãzinha meu pai, Jair Noronha, que exercia o cargo de secretário da prefeitura, logo após tomar o café ia varrer a rua em frente nossa casa. Mas não se contentava com isso; o informal lixeiro estendia o seu trabalho para a frente das casas vizinhas. Eu, menina ainda, era sua auxiliar na cidadã tarefa. Depois era uma beleza! Ficava tudo varridinho, tão limpinho!

Hoje em dia é mais complicado. O lixo aumentou demais, ainda mais em nossa terra verde amarela, considerada como um dos países do Mundo que tem mais lixo. D. Pedro II foi quem iniciou a preocupação com a coleta de lixo no Brasil. Corria o ano de 1880 e o nosso sábio imperador assinou um decreto, de número 3024, pelo qual aprovava o contrato de limpeza e irrigação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Quem executou o contrato foi Aleixo Gary, serviço depois continuado por Luciano Francisco Gary; por isso os dedicados profissionais da limpeza urbana são também chamados de “garis”.

Uma alerta para a população sobre o tema é que precisamos, individual e coletivamente, aprender e praticar maneiras mais eficientes de lidar com essa problemática. Também sobre o assunto, vi uma frase que achei muito pertinente: “REDUZIR o lixo, não no sentido de se privar de consumir, mas no sentido de dar”. Realmente, muito que é colocado no lixo está em bom estado de uso e pode servir para outras pessoas, ou pode ser reciclado.

Outra coisa, não é só se preocupar com os grandes lixos, mas também com as pequenas coisas que são jogadas no chão e ali deixadas, porque é daí que, pelo mal costume e pela acomodação às pequenas faltas, nascem os grandes erros.
Publilius Syrus, um escravo liberto vindo do Oriente e que vivia em Roma nos últimos tempos antes do nascimento de Cristo, ficou célebre por sua coleção de citações intitulada “Sententiae”. Uma dessas citações mostra a necessidade de nos preocuparmos até com as pequenas coisas. Um pequeno resíduo no chão pode ser portador de um vírus mortal. Como ele diz:

Etiam capillus Habet umbram. (Até mesmo um fio de cabelo tem sua sombra)




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