quinta-feira, 17 de março de 2016
UMA FLOR PRECIOSÍSSIMA ENFEITANDO OS CAMINHOS QUE TRILHOU
Imagem da Internet
UMA FLOR PRECIOSÍSSIMA ENFEITANDO OS CAMINHOS QUE TRILHOU
Avelina Maria Noronha de Almeida
Quando ouvi pelo rádio, há muitos anos, que Vinicius de Moraes havia falecido, veio à minha mente uma mensagem que dediquei ao poeta a quem muito admirava. A mesma sensação de perda me veio ao receber pelo telefone a triste notícia sobre Maria do Carmo Batista da Costa. E o mesmo poema do passado coloco aqui para homenagear minha querida amiga, mulher linda, elegante, de grande finura, inteligentíssima, sensível, carinhosa, amiga sincera e, entre tantas qualidades e outras não citadas, primorosa POETA:
A MORTE DO POETA
Súbita dor o pássaro sentiu
e vacilou no voo.
A alegria recolheu-se
apressada.
O verbo “amar” estremeceu
de frio
e a palavra “mulher
teve um delíquio.
Da Poesia extraviou-se
o ritmo.
As metáforas empalideceram.
Mais roxa se tornou
a violeta.
Uma nota desafinou
bruscamente
na sinfonia da vida.
Houve um hiato
na harmonia da natureza.
O horizonte indagou aflito:
– O que aconteceu?
Asas ruflaram leves
no entristecido azul:
O poeta morreu!
Maria do Carmo foi uma flor preciosíssima enfeitando os caminhos que trilhou.
Teremos sempre muitas saudades, querida amiga.
Requiescat in pace! Descanse em paz!
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