domingo, 9 de fevereiro de 2014
26 DE JULHO – GLORIOSA DATA COMEMORATIVA
Tela sobre o Movimento de 1842 em Queluz pintada por Cidinha Dutra
Arquivo pessoal
26 DE JULHO – GLORIOSA DATA COMEMORATIVA
Avelina Maria Noronha de Almeida
Crônica escrita em junho de 2012
Um ápice na História de Conselheiro Lafaiete é o dia 26 de julho de 1842, marco glorioso revelando o patriotismo, a inteligência e a coragem de nossa gente.
Naquela época, o Partido Liberal defendia as ideias renovadoras e de maior autonomia das províncias, contrárias às medidas centralizadoras defendidas pelo Partido Conservador. Aconteceu que o imperador D. Pedro II dissolveu a Câmara de Deputados eleita em 1840, de maioria liberal, e foram impostas as medidas defendidas pelos conservadores.
Por esse motivo, eclodiu um movimento armado promovido por liberais do qual participaram São Paulo, onde a revolta teve início em Sorocaba e Itu, em 12 de maio de 1842, e Minas Gerais, com o movimento começado em Barbacena, onde se instalou a sede do governo revolucionário, no dia 10 de junho.
Queluz foi onde se realizou a batalha mais sangrenta. A vila estava sob o domínio dos Legalistas. Tomá-la seria muito difícil. Foi então que um dos revoltosos, o Capitão Marciano Brandão, de São Gonçalo do Brandão, disse que poderia tomar a vila de Queluz se lhe confiassem duzentos homens. Talvez duvidando da eficácia de seu plano, deram-lhe somente 150 soldados, com os quais foi, à noite, sem ser pressentido pelos legalistas, ocupar as estradas de Ouro Preto, Congonhas e Suaçuí.
No dia seguinte, 25 de julho, uma das colunas acampou defronte à vila, na estrada que vinha do Rio de Janeiro, e a outra na de Itaverava. Essas tropas foram apertando o cerco até fazer com que os legalistas se concentrassem todos no centro da povoação. Com isso, ficaram sem acesso a todas as fontes de água. Vencidos pela sede, tiveram que se entregar.
Com a estratégia desse queluziano, os liberais, na manhã do dia 26, com lenços brancos na ponta das baionetas, entregaram-se. As forças liberais, comandadas pelo Coronel Antônio Nunes Galvão, saíram vitoriosas.
Tempos atrás, numa iniciativa de Alberto Libânio Rodrigues, então presidente da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafayette, foi colocada uma placa na Praça Barão de Queluz em homenagem ao heroico acontecimento.
E este ano, principalmente pelo idealismo do professor João Vicente Gomes, teremos pela primeira vez uma comemoração da importante data, com o desenvolvimento de programa à altura de sua significação: conferências com ilustres palestrantes, na Câmara Municipal e no auditório do Colégio Nazaré, onde haverá também apresentação de documentário produzida pela TV Campinas, afiliada à Rede Globo; e exposição sobre o Movimento na Galeria Gabriela Mendonça, da Casa da Cultura, e na Praça Barão de Queluz.
Acontecimentos assim engrandecem não só os valentes Queluzianos do passado como também a cultura histórica da cidade, além de promover a união de nossa gente com os valores da cidadania, porque...
Beneficium et gratia homines inter se conjugunt. O benefício e o reconhecimento unem os homens.
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