sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

PASSADO, PRESENTE E FUTURO














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PASSADO, PRESENTE E FUTURO

Avelina Maria Noronha de Almeida
avelinaconselheirolafaiete@gmail.com

(Crônica escrita em 2011)



“A vida só pode ser entendia olhando-se para trás. Mas só pode ser vivida olhando-se para frente.” É o que diz Kierkegaard, filósofo e teólogo dinamarquês. Estamos no presente mas temos, com a graça de Deus, a capacidade de contemplar o passado e imaginar o futuro, o que dá uma continuidade e sentido à nossa vida.

Virando as páginas do livro do passado, parei no dia 26 de março de 1711, tricentenário da concessão, a Jerônimo Pimentel Salgado, da primeira sesmaria de nossa terra que, a partir daquela data, entrou na legalidade. Quando Jerônimo solicitou a sesmaria, já tinha aqui suas plantações. Parece-me que era um homem de grande capacidade de trabalho e mesmo importância. Em 1714 era Guarda-Mor em Itaverava. Lavrando a terra, alimentava os que viviam em Carijós ou nas proximidades, talvez até mesmo em outros lugares. Estamos vivendo hoje naquelas terras que foram de seu domínio, pois quase a totalidade do perímetro urbano nelas se localiza. Um pouco de sua vida deixou aqui sua marca. Marca verde de aproveitamento do solo que, naquela época, era feito de forma sustentável. Tive uma visão prazerosa de matas verdes, rios límpidos, o ouro brilhando nos regatos e na areia. Claro que, como em todas as épocas, aquele tempo tinha também as suas mazelas, mas o episódio que está sendo comemorado é significativamete feliz.

Voltando-nos para o presente, ligando os aparelhos da Mídia, assistindo aos noticiários, lendo os jornais, muda-se o cenário. Há muita destruição, muita luta inglória. Sofrimento em várias partes do nosso mundo e, infelizmente, grande parte dele causado pela imprudência do homem, às vezes um aprendiz de feiticeiro que desencadeia forças poderosas e depois é incapaz de controlá-las... É o caso das energia atômica trazendo a maior inquietação e angústia, levando poderosos da terra a rever seus sonhos megalomaníacos. Até a alimentação, fonte de sobrevivência e prazer, em certos lugares traz a marca do medo.

E assim, “A criação geme em dores de parto” – este é o lema da Campanha da Fraternidade deste ano, bem pertinente para o caos que atravessamos. A esperança é que o alerta da natureza tenha chegado a tempo para mudanças de comportamento que atenuem a gravidade das ameaças.
Quanto ao futuro, é apenas imaginação, um ponto de interrogação flutuando no espaço, mas devemos nos voltar para ele visualizando metas positivas, que poderão ser alcançadas com a aprendizagem das lições do passado e do presente e com a formação de uma nova mentalidade, voltada para a meta de um futuro melhor, principalmente nas escolas.

Praeteriti ratio scire futura facit. (A avaliação do passado faz conhecer o futuro)

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